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Setor imobiliário inova com projetos sustentáveis

Setor imobiliário inova com projetos sustentáveis

03/04/2025 - 04:09
Lincoln Marques
Setor imobiliário inova com projetos sustentáveis

Em 2025, o cenário do mercado imobiliário brasileiro transborda potencial, movido pela urgência de repensar métodos e estruturas. O setor não busca mais apenas erguer prédios, mas criar empreendimentos que respeitam e coexistem com o meio ambiente.

Essa transformação é impelida pela necessidade imperativa no mercado imobiliário, em que investidores, incorporadoras e consumidores demandam soluções responsáveis e lucrativas.

Tendências e Números do Setor

O conceito de sustentabilidade deixou de ser um diferencial para se tornar um imperativo. Dados recentes da ABRAINC revelam que obras com certificações ambientais registram taxas de valorização e liquidez superiores aos projetos convencionais.

Em capitais como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, a adoção de práticas verdes elevou o patamar dos empreendimentos residenciais e corporativos de médio e alto padrão. Estima-se que, em 2025, investimentos em projetos sustentáveis tenham crescido mais de 25% em relação ao ano anterior, refletindo o apetite por imóveis que entregam qualidade de vida e retorno financeiro.

Certificações e Práticas Sustentáveis

Certificações como LEED, BREEAM, EDGE, AQUA e Fitwel ganharam relevância no mercado nacional, garantindo selos de qualidade e atraindo investidores preocupados com o impacto ambiental e social.

Empresas pioneiras, como a Setin Incorporadora, foram responsáveis por introduzir a ISO 14001 na América Latina, consolidando processos que se tornaram referência para toda a cadeia de produção.

Além das selagens, práticas concretas intensificam o compromisso ambiental:

  • Uso de materiais recicláveis e ecológicos, reduzindo a exploração de recursos naturais.
  • Eficiência energética com prédios classificados como A ou A+, que empregam painéis solares e sensores de presença.
  • design biofílico com jardins verticais e telhados verdes, fortalecendo a integração com a natureza.
  • Economia circular: reuso de resíduos da construção civil e reinserção de materiais reciclados.
  • Edifícios Net Zero Energy que atingem autossuficiência em energia.

Engajamento ESG e Transparência

O ESG deixou de ser um conceito acadêmico para tornar-se critério decisivo em financiamentos e na escolha de parceiros. A apresentação de relatórios detalhados, com métricas ambientais, sociais e de governança, elevou o grau de credibilidade das incorporadoras.

Isso criou um novo padrão de confiança, especialmente com a entrada de fundos "verdes" e investidores institucionais que monitoram o desempenho sustentável dos ativos.

  • patamar de governança e transparência que fortalece a imagem das empresas.
  • Relatórios ESG completos, cobrindo emissões de CO₂, consumo de água e iniciativas sociais.
  • Divulgação do impacto ambiental e social para atrair público consciente.

Resultados Econômicos e Sociais

Os ganhos tangíveis com investimentos verdes são expressivos. Estudos de 2025 apontam uma valorização de mercado entre 5% e 10% em empreendimentos certificados, comprovando que responsabilidade e lucratividade caminham lado a lado.

A redução de custos operacionais, especialmente em água e energia, preside as escolhas de moradores e empresas que buscam eficiência. A qualidade de vida, fruto do conforto térmico, acústico e de áreas de convivência integradas à natureza, reforça o apelo dos projetos sustentáveis.

Do ponto de vista social, vários empreendimentos incluem espaços comunitários, acessibilidade plena e estruturas de mobilidade sustentável, como bicicletários e proximidade a transporte público de massa.

Tecnologia e Inovação

A digitalização do setor acelera a adoção de conceitos verdes. Ferramentas imersivas substituem maquetes físicas, ampliando o alcance de projetos antes restritos a clientes presenciais.

  • Tour virtual e realidade aumentada para apresentação de soluções sustentáveis.
  • contratos inteligentes com cláusulas automáticas para garantir padrões ambientais.
  • Plataformas de gestão que monitoram consumo energético e emissões em tempo real.

Desafios e Perspectivas

Apesar dos avanços, alguns obstáculos ainda persistem. O custo inicial de materiais ecológicos, a escassez de mão de obra especializada e a necessidade de conscientização dos compradores apresentam desafios para a escalabilidade.

O setor aposta em parcerias com startups, universidades e clusters de inovação para acelerar pesquisas e treinar profissionais. Essa sinergia é vital para disseminar práticas e reduzir custos de produção.

Políticas públicas e programas de financiamento também têm papel fundamental, com linhas de crédito favorecidas para imóveis de alta eficiência energética e regulamentação alinhada às diretrizes de combate à crise climática.

Cases de Sucesso e Caminhos para o Futuro

Incorporadoras como a Setin comemoram sete anos de impacto positivo em projetos certificados, com premiações nacionais e reconhecimento internacional.

Em São Paulo, um empreendimento residencial net zero atraiu atenção por integrar cultivo de hortas urbanas e sistema de captação de água de chuva. No Rio de Janeiro, torres corporativas com fachada verde tornaram-se referência global.

Esses exemplos traduzem a transformação do valor imobiliário: não se trata mais apenas de metragem, mas de legado ambiental, social e econômico. O futuro do setor passa pela expansão dessas iniciativas, consolidando uma cultura em que o verde é sinal de inovação e prosperidade.

Lincoln Marques

Sobre o Autor: Lincoln Marques

Lincoln Marques, 34 anos, integra a equipe editorial do noticabos.org, com foco em soluções financeiras acessíveis para quem busca equilibrar o crédito pessoal e melhorar sua saúde financeira.