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Prefira fundos de baixo custo para rentabilidade real

Prefira fundos de baixo custo para rentabilidade real

27/07/2025 - 05:00
Fabio Henrique
Prefira fundos de baixo custo para rentabilidade real

Em um cenário de taxas de juros elevadas e incertezas econômicas, escolher fundos com menores custos pode fazer toda a diferença para quem busca rentabilidade real consistente e preservação de patrimônio.

Por que os custos importam tanto?

As taxas de administração e performance exercem impacto direto sobre o resultado líquido do investidor. Ao optar por fundos com cobrança reduzida, você evita que parte relevante do rendimento total seja consumida ao longo do tempo.

Com o efeito dos juros compostos, cada ponto percentual a mais de taxa pode resultar em perdas significativas na rentabilidade acumulada no longo prazo.

  • Taxa de administração baixa reduz o custo de manutenção;
  • Menor taxa de performance evita cobranças elevadas em momentos de alta;
  • Reinvestimento de dividendos otimiza a composição dos ganhos;
  • Custos transparentes facilitam o planejamento financeiro.

O patamar de rentabilidade em 2025

Com a taxa Selic em torno de 14,75% ao ano em 2025, fundos são considerados atraentes quando entregam dividend yields superiores a 15% ao ano. Muitos fundos imobiliários (FIIs) de baixo custo já competem com aplicações tradicionais de renda fixa e, em alguns casos, chegam a superá-las.

Entre as estratégias mais eficientes estão aquelas que misturam distribuição periódica de proventos e valorização das cotas, ampliando a exposição a diferentes segmentos do mercado.

Casos de sucesso e exemplos reais

Fundos que combinam baixas taxas e desempenho sólido atraem cada vez mais investidores. No primeiro trimestre de 2025, por exemplo, o FII Bluemacaw Logística (BLMG11) se destacou com valorização de 45,88%.

  • BLMG11: desconto em relação ao VP e alta liquidez em logística;
  • FII de tijolo: taxa de 0,12% ao ano, vacância de 14%, dividend yield de 12,15%;
  • HSML11: administração de 1,2%, vacância de 3,5%, DY de 13,12%, P/VP de 0,67;
  • HGRE11: administração de 1%, vacância de 14%, P/VP de 0,66 e DY entre 10% e 12%.

Além das distribuições periódicas, esses fundos negociados com desconto mostram potencial de valorização adicional, beneficiando quem os adquire abaixo do valor patrimonial.

A importância do P/VP e cotas descontadas

O índice P/VP (Preço sobre Valor Patrimonial) é fundamental para avaliar se uma cota está barata ou cara. Valores entre 0 e 1 indicam que o fundo está negociado abaixo de seu patrimônio, aumentando a possibilidade de ganho de capital.

FIIs “baratos”, com cotas abaixo de R$ 10, atraem investidores iniciantes e permitem diversificação sem altos aportes, ampliando o acesso a diferentes segmentos do mercado.

Diversificação eficiente com custos reduzidos

Investir em FIIs de vários segmentos, todos com taxas baixas e cotas descontadas, equilibra risco e retorno. Fundos híbridos, logísticos, de shopping e de recebíveis apresentam diferentes perfis de vacância, liquidez e distribuição de proventos.

  • URPR11 e VGRI11: logística e galpões industriais;
  • TGAR11 e RZTR11: recebíveis e papéis de crédito imobiliário;
  • VCRI11 e VGIR11: setores de varejo e fundos híbridos;
  • ARRI11: portfólio diversificado com gestão ativa.

Comparativo de custos e rentabilidade

Para entender o impacto dos custos na rentabilidade, confira a comparação entre investimentos típicos no mercado:

Riscos e cuidados essenciais

Embora fundos com desconto e custos reduzidos representem oportunidades, é indispensável avaliar aspectos fundamentais antes de investir.

  • Analisar vacância e qualidade dos ativos do portfólio;
  • Verificar concentração geográfica e de inquilinos;
  • Avaliar liquidez para entrada e saída eficientes;
  • Estudar histórico e estratégias da gestão profissional ativa.

Estratégias para potencializar ganhos no longo prazo

Reinvestir dividendos, manter aportes regulares e optar por gestão profissional ativa elevam o retorno ajustado ao risco. Por exemplo, um aporte de R$ 1.000 no FII RZTR11 há cinco anos, com reinvestimento de proventos, resultaria atualmente em cerca de R$ 1.421,10.

Essa consistência, aliada a custos reduzidos, reforça a importância de selecionar fundos verdadeiramente atrativos e bem geridos.

Considerações finais

Para alcançar rentabilidade real sustentável, a escolha de fundos de baixo custo deve ser prioridade. Ao focar em taxas de administração menores, P/VP descontado e gestão profissional, você maximiza seus ganhos e minimiza riscos.

Em um mercado dinâmico como o brasileiro, a disciplina de selecionar fundos baratos e eficientes faz toda a diferença no seu planejamento financeiro de longo prazo.

Fabio Henrique

Sobre o Autor: Fabio Henrique

Fábio Henrique, 32 anos, é redator no noticabos.org, especializado em finanças pessoais e crédito.