O crescimento vertiginoso do comércio eletrônico trouxe praticidade, mas também ampliou ameaças e desafios à segurança financeira dos consumidores. À medida que as transações remotas se tornam predominantes, crescimento de 18% no faturamento e maior confiança revelam uma nova realidade.
No primeiro semestre de 2024, o e-commerce brasileiro registrou crescimento de 18% no faturamento em relação ao ano anterior, conforme dados da NIQ Ebit. Essa expansão reflete não apenas o aumento do número de compradores, mas a diversificação de produtos e serviços oferecidos online.
Entre julho e setembro de 2024, o volume movimentado em cartões para compras remotas aumentou 15,8%, segundo a Abecs. Esse salto reforça o papel do cartão como meio de pagamento preferencial no checkout digital.
Fatores como praticidade, velocidade e programas de recompensas tornam o cartão essencial para quem navega em plataformas de varejo eletrônico. No entanto, o mesmo dinamismo que atrai consumidores também chama a atenção de criminosos virtuais.
O ambiente digital oferece agilidade, mas expõe o usuário a fraudes como clonagem de cartões, vazamento de dados e phishing. Dados sensíveis podem ser capturados em sites vulneráveis, colocando em risco tanto o consumidor quanto as instituições financeiras.
Enquanto o cartão físico mantém informações estáticas, o cartão virtual gera dados temporários para cada transação, dificultando a reutilização por criminosos após uma eventual exposição.
Para mitigar fraudes e proteger a experiência de compra, bancos e plataformas de pagamento investem em soluções modernas de autenticação. Entre elas destacam-se:
O uso combinado dessas ferramentas representa uma autenticação multifator se tornará padrão e garante camadas adicionais de defesa contra acessos não autorizados.
Além das soluções tecnológicas, é fundamental adotar cuidados cotidianos para ampliar a segurança:
Essas práticas simples, quando combinadas à tecnologia, reduzem significativamente a exposição a golpes virtuais e clonagens.
Grandes bancos e fintechs já oferecem recursos avançados, como geração instantânea de cartão virtual em apps e limites configuráveis por compra e tempo. Alguns permitem pré-definir valor máximo para cada uso, ampliando o controle do usuário.
Serviços de suporte ao cliente, canais de denúncia e materiais educativos também se multiplicam, fortalecendo a prevenção e a conscientização do público.
Especialistas, como José Luiz Santana, head de Segurança, reforçam que monitoramento e bloqueio automático em caso suspeito são fundamentais para conter fraudes. Ele enfatiza que o cartão virtual hoje é “a melhor solução para compras online” por proteger o portador de vazamentos.
Com a evolução da legislação, especialmente a LGPD, consumidores ganham direitos de acessar relatórios de transações e auditar uso de seus dados. A tendência é que autenticação multifator se tornará padrão em qualquer operação não presencial.
No futuro próximo, tecnologias emergentes, como biometria comportamental e inteligência artificial, serão integradas aos sistemas de pagamento para identificar padrões suspeitos com ainda maior precisão.
O uso de cartões em compras online continuará crescendo, mas a segurança não pode ficar para trás. A combinação de cartões virtuais, 2FA e notificações cria um ambiente robusto, no qual consumidores têm a proteção necessária para aproveitar a conveniência do e-commerce.
Ao adotar práticas recomendadas e exigir autenticação reforçada, cada usuário assume um papel ativo na defesa de seus recursos e dados pessoais. Somente assim será possível navegar com tranquilidade, contando com a agilidade das compras online sem abrir mão da segurança.
Referências