Em um cenário econômico volátil, compreender as consequências da inflação é essencial para proteger seu patrimônio e garantir ganhos reais.
A inflação é o aumento sustentado e generalizado dos preços de bens e serviços, reduzindo o valor do dinheiro ao longo do tempo. Mesmo um investimento com rentabilidade nominal positiva pode resultar em perdas de poder de compra quando a inflação supera os rendimentos.
Por exemplo, um título que rende 7% ao ano em um contexto de inflação de 8% gera um retorno real negativo de 1%, corroendo o capital investido e comprometendo metas de longo prazo.
Entre 2020 e 2022, o Brasil enfrentou choques de preços de commodities, alta dos custos de energia e crises globais que elevaram a inflação acima de 12% ao ano. Em 2023 e início de 2024, houve estabilização, com IPCA abaixo de 5% na maioria dos meses.
Para 2025, o Boletim Focus projetou inflação em torno de 4,97% no horizonte de 12 meses, chegando a picos próximos de 5,95% em março. Esses números afetam diretamente a cotação do dólar, que chegou a R$ 6,41, e mantêm expectativas de crescimento do PIB modesto, pouco acima de 2%.
O cálculo do retorno real é fundamental para avaliar o verdadeiro desempenho dos investimentos e preservar o poder de compra ao longo dos anos.
A inflação impacta todas as classes de ativos, desde renda fixa e variável até imóveis e fundos imobiliários. Além disso, influencia a política monetária, as taxas de juros, o custo do crédito e o comportamento do consumidor.
Desconsiderar a inflação pode levar a decisões equivocadas, com carteiras mal dimensionadas para enfrentar períodos de pressão inflacionária e comprometer objetivos como aposentadoria ou educação dos filhos.
O cenário inflacionário é dinâmico. Uma fase de inflação controlada não garante estabilidade futura. Por isso, projeções de inflação e análises de risco devem ser revisadas frequentemente para adequar a estratégia às mudanças macro.
Ferramentas de monitoramento, como planilhas de rebalanceamento e relatórios mensais, permitem identificar desvios e promover ajustes periódicos na alocação, mantendo o foco em resultados reais.
Ao considerar sempre o impacto da inflação em seus retornos, você garante maior solidez aos seus investimentos e preserva o poder de compra ao longo do tempo. Com planejamento, diversificação e monitoramento constante, é possível alcançar objetivos financeiros sem surpresas desagradáveis.
Referências